Conheça as técnicas para fazer coquetéis deliciosos e surpreendentes.
Logo que as pessoas começam a se interessar por coquetelaria, vem a vontade de criar suas próprias receitas. Mas, antes de você continuar a ler este artigo é preciso lembrar uma coisa importante primeiro, um bom bartender não se mede pela sua capacidade de criar drinks. Conforme nós já citamos em vários outros artigos e também explicamos em nossos cursos, ser bartender é muito mais do que apenas preparar e servir bebibas. Ser bartender é cuidar de pessoas. Por isso, um bom bartender se avalia por um leque de competências bem grande, que inclui questões comportamentais, habilidades de comunicação interpessoal, entre muitas outras coisas.
Claro que a criação dos chamados drinks autorais confere um diferencial importante ao profissional, afinal, ele deixará de ser apenas um preparador de receitas já existentes para se tornar um criador de novas misturas, e isso pode representar um grande impacto na carreira, porque todo estabelecimento gosta de ter suas receitas exclusivas. Mas, não é nenhum demérito você decidir não criar drinks. Se você tiver essa vontade será bom, mas não essencial. Agora, depois de lembrar este básico, vamos ao que interessa, que são algumas dicas iniciais para você começar a fazer suas próprias misturas.
Quando começou essa prática? Há muitoooo tempo. Sim, desde o início da humanidade dita civilizada o ser humano vem experimentando misturas. Os alquimistas foram os mestres das misturas durante a Idade Média. Seus objetivos eram encontrar a cura para todos os males; transformar metais em ouro; descobrir o elixir da vida eterna; e por aí vai… Foi um alquimista árabe no ano de 800 DC que inventou o alambique e com isso nasceram as bebidas destiladas. Os alquimistas foram a inspiração para os mixologistas modernos.
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Mas, o que é mixologista?
Esse é o profissional hoje em dia especializado na ciência e na arte das misturas. E qual a sua diferença para o bartender? São muitas. Um mixologista nem sempre é um bartender. O mixologista é focado na criação e preparação de coquetéis, enquanto o bartender é focado no cuidado e no atendimento às pessoas. Então você pode ser um mixologista sem ser bartender e, da mesma forma, pode ser um bartender sem ser um mixologista. Na Escola do Entretenimento nós consideramos o bartender como um profissional da hospitalidade e do entretenimento, enquanto o mixologista é um profissional de gastronomia.
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No seculo XIX foi cunhado o termo cocktail, que significa uma mistura de bebidas preparadas pelo próprio bartender. Reza a lenda que o termo foi inventado por uma mulher, dona de uma hospedaria no condado de Westchester em Nova Yorque, nos EUA. Seu nome era Catherine Hustler. Segundo a lenda ela servia um drink que se chamava cocktail e o nome pegou passando a designar todo tipo de mistura com mais de dois elementos.
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Existe alguma técnica ou regra para criar um bom drink?
Segundo alguns mixologistas, a criação de um coquetel pode ser dividida em três partes: o núcleo, o agente de equilíbrio e o tempero. Então, tudo começa pelo núcleo. Ele é a parte mais importante e inclui todas as bebidas que você escolher colocar. Essa mistura vai ter um sabor e talvez você precise corrigir alguma coisa. Então, entra em cena o agente de equilíbrio que pode ser um agente adoçante, por exemplo. A princípio, todo coquetel deve ter uma mistura equilibrada de sabores, ou seja, não ser nem muito doce, nem muito ácido e nem muito amargo. O agente de equilíbrio faz essa função de equilibrar e corrigir um sabor que esteja exagerado.
Por fim, chegamos ao tempero. Esse é o momento em que a criação vai ganhar personalidade, ou seja, aquele detalhe que faz a diferença e confere sensações. O tempero pode ser, por exemplo, uma especiaria, um bitter, ou mesmo um licor que, quando colocado em pequenas doses, vai acrescentar ou realçar sabores, diferenciando o seu coquetel.
Então, agora você já tem um norte para começar a criar. Comece pelo núcleo escolhendo um destilado base e acrescente o que você desejar. A base destilada deve ser de aproximadamente uma dose padrão, mas isso não é uma regra rígida. A escolha da base destilada vai definir a pegada do seu coquetel. Depois escolha o estilo, se vai ser um coquetel refrescante, sofisticado, tropical, mais forte, mais fraco, cítrico. Essa decisão vai definir os componentes adicionais, como refrigerantes, sucos de frutas, infusões ou licores.
Verifique o resultado final, se vai ser necessário corrigir alguma coisa, adoçar mais, conferir um pouco de acidêz ou mesmo um certo amargor para equilibrar.
Depois pense se ele vai ser montado, batido ou mexido conforme os elementos que você colocou e o resultado final que você deseja. Escolha o copo de acordo com a quantidade e estilo que você pensou, se vai ser servido com gelo, sem gelo, onde vai ser servido, o tipo de público. Isso tudo vai definir a escolha do copo certo. Por fim, pense se você vai colocar algum tempero que pode realçar a refrescância como hortelã, conferir picância como pimentas, entre muitas outras alternativas.
A criação de um bom coquetel exige acima de tudo sensibilidade. A criatividade pode estar na apresentação e na escolha das guarnições. Depois disso, peça alguns amigos experimentar, escolha um bom nome e faça boas fotos. Em nosso curso Bar Master, você aprende tudo. Aprende como ser um bom bartender que sabe receber e cuidar de pesoas e também como ser um mixologista com capacidade de criar drinks deliciosos e surpreendentes. Solicite informações sobre as próximas turmas presenciais e online enviando mensagem via whatsapp para nossa central de informações.
