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A diferença entre drink e coquetel

Você sabe o qual o termo certo deve usar na hora de pedir uma bebida para o bartender?

Escrito por Marcelo Reis*

Ao pé da letra, drink significa bebida. Então, pedir um drink é apenas usar um termo em inglês para pedir alguma coisa para beber ao bartender. Ao longo do tempo nós adquirimos o hábito de usar termos estrangeiros para designar muitas coisas aqui porque a influência da cultura americana em nossa sociedade é enorme. Mas, essa influência não é apenas no Brasil. É em todo mundo.

A coquetelaria tem duas grandes escolas, a americana e a européia. A partir da segunda metade do século XX, a escola americana passou a dominar a cena. Dessa forma, os termos em inglês acabaram se tornando globalizados. Os norte americanos são mestres em marketing e mestres em criar termos e expressões para transmitir conceitos de forma objetiva para serem usados no mercado. Então, o que eles criam lá, invariavelmente acaba sendo adotado no mundo todo. Além disso, usar um termo estrangeiro confere uma certa sofisticação às coisas para nós brasileiros.

Nós nos acostumamos a usar o termo drink para designar uma bebida alcoólica preparada pelo bartender. Mas drink, efetivamente, pode ser qualquer bebida. Um refrigerante, por exemplo, é um soft drink, ou seja, um drink sem álcool. Então, quando você chega em um bar e diz, “quero beber um drink”, pode ser qualquer coisa. Mas, quando você diz que quer beber um coquetel, está dizendo que quer um tipo de drink específico.

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O coquetel é uma mistura preparada pelo bartender com vários ingredientes. O termo também é usado na medicina para designar uma mistura de remédios para combater alguma doença. De fato, medicina e coquetelaria têm muitas coisas em comum. Antigamente, acrescentava-se álcool a um coquetel para potencializar o seu efeito e muitos coquetéis alcoólicos nasceram para serem remédios, como o caso da nossa caipirinha, que foi criada a partir de uma receita usada para amenizar os efeitos da gripe.

Então, resumindo, coquetel é um drink preparado pelo bartender com vários elementos misturados. Nós, na Escola do Entretenimento, consideramos como coquetel um drink que possui mais de dois elementos misturados e não precisa ser necessariamente batido. Vamos a alguns exemplos:

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BEBIDAS QUE NÃO PODEM FALTAR NO SEU BAR

A Caipirinha para nós não é um coquetel, é apenas um drink, pois tem apenas dois elementos: limão e cachaça. O gelo e o açúcar não entram porque o primeiro é apenas para gelar, e o segundo é apenas um agente adoçante. Agora, se você adicionar mais frutas já vira um coquetel.

O Sex on the Beach, por exemplo, não é batido na coqueteleira, mas para nós é um coquetel porque tem vários elementos na sua composição. A princípio também pode se ter a falsa impressão de que coquetel é um drink servido em um copo grande, pois tem vários elementos misturados. Mas coquetéis não têm nenhuma relação com quantidade. O famoso coquetel B52, por exemplo, é servido em um copo pequeno tipo shot.

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UTENSÍLIOS PARA BARTENDERS E MIXOLOGISTAS

No mercado existe um tipo de estabelecimento chamado cocktail bar, que são bares focados em oferecer coquetéis. Nesses lugares os bartenders são especializados em fazer misturas para proporcionar novas experiências de sabor aos clientes. Geralmente, nesses lugares, bartenders são chamados de mixologista, porque o foco do estabelecimento é oferecer uma experiência em coquetéis. Eles podem oferecer em seus cardápios coquetéis clássicos, mas também podem oferecer suas próprias criações e receitas exclusivas.

Esse tipo de bar foi muito comum na primeira metade do século passado e renasceu agora no século XXI. (clique aqui para saber qual a diferença entre bartender e mixologista). Os cocktails bar do século XXI não apenas oferecem experiências de sabor, mas também sensoriais através da mixologia molecular, que mistura elementos químicos aos coquetéis produzindo efeitos visuais supreendentes.

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Marcelo Reis

Sou empresário e fundador da Escola do Entretenimento. Me apaixonei pelo mundo do bar e das bebidas há 15 anos, quando montei meu próprio bar. Para preparar a minha equipe, criei um programa de treinamento que se tornou um sucesso e foi assim que nasceu a Escola de Entretenimento. Desde então venho ensinando a arte de ser bartender, da hospitalidade e do encantamento para quem deseja ingressar nessa área, proporcionar boas experiências e ter sucesso na carreira e em seus negócios.