Cranberry, Grenadine ou Groselha

Cranberry, Grenadine ou Groselha

Saiba qual o melhor para coquetéis.

Apesar da aparência similar, principalmente na coloração, existe uma diferença muito grande entre estes ingredientes que são, na maioria das vezes, utilizados na finalização de coquetéis. Se você ainda não sabe a diferença entre drink e coquetel, clique aqui e aprenda com o nosso artigo.

Coquetéis clássicos como SEA BREEZE, SEX ON THE BEACH, TEQUILA SUNRISE, MARY PICKFORD entre outros, possuem em comum estes ingredientes que, muito mais do que efeito visual, agregam um sabor característico e intrínseco de cada receita. Em muitos estabelecimentos, por questões de regionalidade e até mesmo econômica, estes ingredientes são substituídos uns pelos outros. Neste artigo apresentarei a diferença entre eles e por quê o profissional do bar – Bartender – deve sempre respeitar a receita original ou, se mudar algum elemento, avisar que está fazendo um coquetel semelhante, mas com outros ingredientes.

Cranberry

O cranberry é uma fruta conhecida aqui no Brasil como mirtilo, arando ou oxicoco. No entanto, o mirtilo encontrado aqui é de um azul muito escuro, enquanto o fruto que oficialmente se chama cranberry em inglês é vermelho e nativo de regiões temperadas do hemisfério norte. Portanto, a denominação mais correta de cranberry em português é oxicoco, mas pode ser chamado também de mirtilo vermelho americano.

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Bagas de cranberry

O cranberry, arando ou oxicoco, nasce em arbustos rastejantes, ou trepadeiras até 2 metros de comprimento e entre 5 e 20 centímetros de altura. Os caules são delgados e moles com pequenas folhas verdes. As flores têm tonalidade rosa escura, com pétalas recurvadas muito distintas. O cranberry é de tamanho pequeno e esses tipos de frutos são chamados de bagas. É inicialmente branco, mas torna-se vermelho escuro quando totalmente maduro. É comestível, com um gosto ácido que pode sobrecarregar sua doçura.

Groselha

groselha (Ribes rubrum) é a baga vermelha da groselheira (Ribes uva-crispa, sin. R. grossularia L.), uma espécie das Ribes, nativa da Europa, da África setentrional e do Sudoeste asiático. É uma das muitas espécies semelhantes no subgênero Grossularia. Embora comumente classificada como um subgênero das Ribes, alguns taxonomistas a reconhecem como um gênero separado, embora os híbridos entre a groselheira e a groselheira-negra — cujo fruto é o cassis — sejam possíveis. (Aprenda a preparar o Kir Royal, que usa como base o cassis)

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BEBIDAS QUE NÃO PODEM FALTAR NO SEU BAR
Bagas de groselha

O subgênero Grossularia em algo difere da groselheira-negra, principalmente nos caules espinhosos e nas flores que crescem juntas em até três unidades por ramo, e não em racemos.

O fruto (ou pseudobaga) da groselheira, a groselha, é usado na fabricação de xaropes, refrescos e geleias sendo um dos principais ingredientes da culinária de países do norte da Europa. (Aprenda mais sobre xaropes e suas utilidades)

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UTENSÍLIOS PARA BARTENDERS E MIXOLOGISTAS

A groselheira é um arbusto que cresce de 1 a 3 m de altura, com galhos grossos cobertos por espinhos afiados, projetando-se um a um ou em ramos com dois ou três deles. As flores em campânula são produzidas uma a uma ou em pares, dos grupos das folhas bastante recortadas e com 3 a 5 lóbulos. Os frutos da groselha selvagem são menores que os das variedades cultivadas, mas frequentemente têm sabor apreciável; geralmente são pilosos e de cor verde, mas há variações avermelhadas, ocasionalmente até o roxo escuro.

Grenadine

grenadine ou granadina é um licor não alcoólico de tons vermelhos, feito geralmente das sementes da fruta romã. É usado como um item de coquetéis, tanto por seu sabor como também para tingir de rosa bebidas montadas ou mexidas. (Aprenda as três maneiras de preparar um coquetel)

romã é o fruto da romãzeira (Punica granatum), comum no mediterrâneo oriental e oriente médio onde a polpa é usada para a preparação de aperitivos, sobremesas ou, algumas vezes, em bebidas alcoólicas. O seu interior é subdividido por finas películas que formam pequenas sementes possuidoras de uma polpa comestível.

A romã, que dá origem ao grenadine

Diante das diferenças apresentadas, concluímos que a única semelhança entre estes ingredientes nada mais é do que a coloração e, é ÓBVIO que, quando feita a substituição de uma por outra em uma receita, teremos resultados DIFERENTES que implicam no comprometimento do sabor, aroma e consequentemente da QUALIDADE do coquetel.

De maneira análoga, seria esperarmos o mesmo resultado substituindo, por exemplo, os morangos por framboesas em uma receita. Ambos são frutos vermelhos que visualmente podem cumprir o mesmo papel mas que apresentam sabores muitos distintos, ainda que agradáveis. Então, quando substituídos, alteraram por completo todo o contexto.

Oficialmente, pela IBA (International Bartender Association), não possuímos coquetéis elaborados com xarope de groselha e isto é crucial que todo bartender tenha em mente. Uma coisa é substituirmos quaisquer ingredientes no dia a dia em nossa casa por falta de opção ou simplesmente por gosto, mas quando se trata da reprodução de coquetéis da alta coquetelaria mundial em estabelecimentos comerciais ou até mesmo na prestação de serviços particulares (Happy hours, aniversários, casamentos etc.), é imprescindível que o profissional siga a receita à risca ou avise que o coquetel que está servindo é apenas semelhante ao original, porém, com outros ingredientes.

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AULAS GRATUITAS SOBRE COQUETELARIA
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Confira aqui a receita oficial do Sex on the Beach

Confira aqui a receita oficial do Tequila Sunrise

Confira aqui a receita oficial do Sea Breeze

Confira aqui a receita oficial do Mary Pickford

(Aprenda aqui a receita de um coquetel de frutas que leva groselha em sua composição).

(Conheça as receitas da IBA – A lista de coquetéis que todo bartender deve conhecer).

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Artigo escrito pelo instrutor e atualizado em:

Caetano Campisi

Sou nascido e criado na região da Costa Verde, Vila Muriqui/RJ, filho de comerciantes de uma tradicional cantina italiana onde sempre estive envolvido na área de atendimento ao público. Sou proprietário e bartender da Cantina do Rocco onde meu desafio foi transformar a identidade da empresa líder criada pelos meus pais em um negócio com a minha "cara". Tenho mais de trinta anos de experiência no mundo do bar e faço parte do time de instrutores da Escola do Entretenimento. Minha missão é compartilhar todo o meu conhecimento para formar profissionais qualificados para atuarem em bares, hotéis, eventos e casas noturnas.