Uma bebida envolta em mistérios.
Uma mistura de 130 ervas diferentes e ingredientes secretos compõem a receita do célebre licor Chartreuse. Sua produção teve início na França. Reza a lenda da sua criação que a receita estava em um manuscrito e quem a decifrou foi o monge Jerome Maubec da ordem Chartreuse.
Esse licor é motivo de orgulho para os Franceses. A receita, descoberta por volta de 1705, é a mesma utilizada até hoje. Depois da revolução francesa, ela foi parar na Espanha, voltou para a França e caiu no esquecimento por um tempo. Então, ela foi descoberta novamente, a data não se sabe ao certo, no monastério de Voiron.
Essa receita é envolta em mistério e apenas duas pessoas conhecem a original. Sempre há o mais velho que é considerado o mestre e um mais novo que seria seu aluno e ajudante. Quando o mestre morre, o aluno se torna o mestre e possui a missão de ensinar alguém mais jovem para ser o novo aprendiz.
As ervas que são utilizadas nesse licor ficam em um porão conhecido como “sala das ervas” onde são selecionadas para que possam ir para destilaria. Após o processo de destilação, o licor vai para um barril de carvalho e permanece lá até que o mestre diga que pode ser engarrafado.
Mesmo que seu processo seja cuidadoso e poucos tenham acesso a ele, esse licor é produzido em larga escala e há eventos em Voiron todos os anos. Especialistas dizem que essa bebida continua envelhecendo na garrafa, então há aqueles que preferem guardá-la em adegas.
Existem duas versões desse licor, uma amarelo suave que é mais adocicada e mais suave no teor alcóolico, e a versão que seria considerada de luxo que pode ter cor verde ou amarelada também com teor alcóolico de 55% e qualidade excepcional.
Entre os coquetéis célebres que levam o licor Chartreuse está o Last Word. Mas, não é qualquer coquetel que leva este licor. Uma garrafa dele pode variar de 200 até 800 ou mais dependendo do lugar onde se compra.