Saiba como nasceu o vinho espumante mais famoso do mundo.
A champanhe surgiu no nordeste da França, na região que recebe o mesmo nome. Foram os romanos que levaram a cultura do vinho para lá na Idade Antiga, mas foi um monge beneditino chamado Dom Perignón que criou no século XVII a famosa bebida.
Perignón aprendeu a “domar” os vinhos que fermentavam uma segunda vez dentro das garrafas. Sim, após passarem pelo processo de fermentação e serem engarrafados, alguns vinhos fermentavam novamente produzindo gás e explodiam. Perignón estudou como evitar que isso acontecesse, Entre as técnicas que o monge passou a utilizar na produção, estavam o uso de vidros mais grossos, rolhas de cortiça e o envelhecimento em adegas subterrâneas para manter a mesma temperatura ambiente. Assim, nasceu a champagne.
O vinho ficou famoso porque era na catedral de Reims, cidade que fica na mesma região, que os reis franceses eram coroados. A champanhe era servida nas comemorações e, por isso, se tornou nobre, conhecida como a bebida dos reis.
A champanhe hoje é um produto com a certificação AOC (clique aqui para saber o que é isso) e de denominação controlada. Só podem ser chamados de champanhe os vinhos espumantes produzidos nessa região francesa, ou devidamente autorizados usando os mesmos métodos de produção.
O processo é demorado e caro e permanece quase o mesmo até hoje. A maior alteração aconteceu no século XIX pela viúva de François Clicquot (Veuve Clicquot) que devenvolveu um método de retirar os resíduos da garrafa e deixar a champanhe totalmente límpida (antes disso, a bebida era turva).
A técnica consiste em deixar a bebida, depois de engarrafada, deitada quase de cabeça para baixo nas adegas e girá-las periodicamente para que os resíduos fiquem depositados na rolha. Então, retira-se a rolha e os resíduos para depois fechar a champanhe novamente. Esse método manual é usado até hoje em uma indústria que valoriza muito suas tradições.