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A história dos copos

Como surgiram e qual a sua importância na coquetelaria.

Escrito por Marcelo Reis*

Desde os tempos mais remotos da humanidade o ser humano passou a utilizar recipientes para beber água. No momento em que nossos ancestrais desenvolveram habilidades com as mãos, se tornou óbvio que iriam criar instrumentos e ferramentas para facilitar a sua vida. Criar um recipiente para beber um líquido de forma que não precisassem mergulhar a cara na fonte ou levar a água nas mãos até a boca foi um dos primeiros marcos da evolução do ser humano.

Inicialmente nossos ancestrais utilizavam objetos que encontravam na natureza e que já possuíam um formato adequado que permitisse colocar um líquido dentro. Entre esses objetos estavam cascas de frutas ou folhas. Essa época da evolução é conhecida como Idade da Pedra, pois eram as pedras as principais ferramentas que nossos antepassados usavam. Com o passar do tempo, o ser humano passou a lapidar esses objetos melhorando sua funcionalidade. Assim começou a chamada Idade da Pedra Lascada, ou polida.

O maior avanço aconteceu no chamado período Neolítico, há cerca de 10 mil anos antes de Cristo, quando o ser humano aprendeu a utilizar o barro e fazer cerâmica. Assim nasceram os primeiros copos e jarras efetivamente produzidos por nossos ancestrais.

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Com os passar dos séculos o ser humano foi aprendendo a trabalhar cada vez melhor com a argila, produzindo objetos cada vez melhores e precisos. Dessa forma, os copos deixaram de ser apenas um objeto de utilidade para se tornar também um objeto de arte.

Produção de um jarro de barro, os primeiros objetos de cerâmica produzidos pelos seres humanos junto com os copos.

Por volta do ano 4 mil antes de Cristo o ser humano aprendeu a fazer vidro. Existem registros da sua produção entre os fenícios e babilônios. Mas foram os egípcios, por volta do anos de 1.400 AC, que passaram a controlar o seu formato utilizando a técnica de assoprar. Os romanos aprimoraram essas técnicas e difundiram o vidro por toda Europa. Veneza se tornou a principal referência na produção de vidro no mundo, mais especificamente, na ilha de Murano.

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Na Idade Média, as pessoas bebiam tanto em copos de vidro quanto cerâmica. Os copos de cerâmica eram mais populares, pois sua produção era mais fácil e barata. Já, os de vidro, eram restritos aos nobres.

A técnica de manipulação do vidro foi evoluindo e o ser humano passou a produzir verdadeiras obras de arte com ele. Assim nasceram as taças onde os nobres passaram a beber suas bebidas preferidas. As taças, portanto, são recipientes sofisticados que eram usados em festas da nobreza. Dessa forma, cada tipo de copo passou a ser utilizado conforme o seu tipo e ambiente.

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Fabricação moderna de objetos de vidro.

Em 1910 foi criado o copo de papel por Lawrence Luellen e Hugh Moore. Esses copos tinham uma fina camada de cera e eram feitos para serem utilizados em locais públicos. Eram chamados Health Cups porque evitavam a proliferação de doenças, uma vez que eram feitos para serem descartados após o uso.

A invenção dos copos descartáveis chamados de health cups foi um importante marco na história dos copos.

Em 1960 surgiram os primeiros copos de plástico que substituíram os de papel. Entretanto, com a questão ecológica, o plástico passou a ser muito questionado a partir do novo milênio e sua utilização bastante criticada.

Basicamente existem quatro tipos de copos: os copos propriamente ditos, as canecas, as taças e as xícaras. Cada um deles com um formato e funcionalidade específica.

São chamados copos todos os recipientes para servir bebidas que podem ser segurados com uma mão, que são retos ou que possuem a boca ligeiramente maior que a base

São chamados canecas os copos que possuem alça, chamada também de asa.

As xícaras são canecas pequenas, largas e baixas, com base bem menor que a boca e normalmente acompanhadas de pires.

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As taças são recipientes que possuem uma base, uma haste, também chamada de pé, e o recipiente propriamente dito, chamado de cálice.

O cálice, portanto, é a parte de cima da taça onde se coloca a bebida. Mas o termo cálice também passou a ser usado para designar taças menores de formato mais alongado. O termo cálice também é usado para designar taças religiosas, como por exemplo, o Santo Gral.

Os copos são de grande importância na coquetelaria. Saber escolher o copo certo para servir cada tipo de bebida em cada tipo de ambiente é fundamental para o bartender. O copo certo vai sempre proporcionar a melhor experiência conforme as suas características. Clique aqui para saber quais os copos essenciais em um bar.

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Marcelo Reis

Sou empresário e fundador da Escola do Entretenimento. Me apaixonei pelo mundo do bar e das bebidas há 15 anos, quando montei meu próprio bar. Para preparar a minha equipe, criei um programa de treinamento que se tornou um sucesso e foi assim que nasceu a Escola de Entretenimento. Desde então venho ensinando a arte de ser bartender, da hospitalidade e do encantamento para quem deseja ingressar nessa área, proporcionar boas experiências e ter sucesso na carreira e em seus negócios.