Toda criação precisa ter três elementos fundamentais. Saiba quais são.
Normalmente, quem está começando e experimentando criar suas próprias receitas de drinks comete um erro básico: exagerar. Um bom drink deve ser equilibrado e ser composto por três elementos fundamentais que podem servir como um guia para o iniciante.
O primeiro deles é o chamado núcleo, que será composto pelas bebidas que vão representar a base do drink. Pode ser apenas um spirit (saiba o que são spirits) ou uma combinação deles. O núcleo também pode incluir licores, vermutes e também bebidas não alcóolicas. É assim que tudo começa.
O segundo elemento é o equilíbrio, e nessa etapa entram insumos que ajudarão a tornar o drink mais agradável e fácil de beber. Aí estão incluídos os agentes adoçantes, bitters, limão e demais recursos para equilibrar os sabores e chegar ao resultado desejado conforme os critérios de equilíbrio e direção. Veja mais sobre esses critérios em nosso artigo Os critérios para criar um drink.
Por fim, o último elemento é o tempero que vai dar complexidade ao drink.
Mas o que é complexidade?
Complexidade é o que poderíamos chamar da cereja do bolo, o toque especial, aquele elemento sutil que confere um sabor diferenciado e especial. A complexidade é o que torna um drink realmente apaixonante e o diferencia dos demais. Na maioria das vezes, é a marca registrada do autor.
O tempero precisa ser usado com cuidado e sensibilidade. Se for exagerado, colocará tudo a perder. Especiarias, molhos, bitters não potáveis podem ser usados nessa última estapa de preparação do drink.
Esse guia foi feito pelos mixologistas Alex Day e David Kaplan, empresários de renome no mundo dos bares e autores do livro Cocktail Codex. O livro também apresenta as seis famílias-raízes de drinks que originaram e inspiraram a maior parte dos coquetéis até hoje. Segundo os autores, os pais de todos os coqueteis conforme suas linhagens são: Old Fashioned, Martini, Daiquiri, Sidecar, Highball e Flip. Leitura recomendada para os aspirantes à mixologista.